Muitas vezes tenho criticado a atitude de Cabo Verde(CV) face as questões da Guiné-Bissau(GB) e o nosso primeiro-ministro, José Maria Neves, em muitas das suas declarações, mas uma coisa parece certa: esta atitude é assertiva.
Com a preferência de aplicação de "medidas mais radicais" ao Comando Militar, em consonância com as declarações do presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, Zemas mostrou a inequívoca posição de Cabo Verde face aos acontecimentos que está a decorrer na GB, apesar da pouca relevância o nosso papel na CDEAO.
Tendo em conta a recente análise do investigador cabo-verdiano, Corsino Tolentino, e, mais recentemente, os desabafos do jornalista, António Aly Silva(este e este), Cabo Verde parece ser o único país daquela organização ocidental africana - implicado nas negociações, claro! - que não tem interesses obscuros pela GB. Será por isso que os militares fogem da CPLP e da ONU a sete cruzes nas negociações?
Pois, começo a perceber o porquê que muitos acham que os africanos não conseguem resolver os seus problemas. Enquanto dure essa novela, o povo vai sofrer.
[Imagem] - Legenda de esquerda para direita: CEMFAGB, António Indjai, primeiro-ministro de CV, José Maria Neves, e o primeiro-ministro da GB, Carlos Gomes Júnior. Esta é uma das provas de que em GB os militares não gostam das casernas.
