sexta-feira, 4 de maio de 2012

GB - A treta continua

 Obs: Este texto foi escrito um dia depois da primeira reunião do Comando Militar com a CDEAO, salvo erro, no Mali.

 a) Tendo em conta a última resolução e os desfechos das negociações entre a CDEAO e o Comando Militar, fica a sensação de que, mais uma vez, ficou adiado o sonho dos bissau-guineenses de se livrarem, de uma vez por todas, dos pânicos de guerra, golpes de estado, e das crises instituicionais. É caso para perguntar: "Guiné-Bissau(GB), ken ki dau es kastigu?".

b) Para a memória colectiva, certamente, ficará as suspeitas de costume, a começar pelos santos da casa: 1) a CPLP desperdiçou uma boa oportunidade de se fazer jus ao significado da primeira letra da sua sigla e de se mostrar aos seus cidadãos que o organismo em si vale mais do que o tal de «elefante branco»; 2) a eficiência da reacção da ONU em função do país que se encontra em jogo é um dos mais incessantes actos hipócritas que a caracterizou ao longo da sua história.

c) Do lado africano, tendo em conta o número de guerras e conflitos armados, ora patrocinados por ocidentais, ora não, duvido que a CDEAO e a UA tenham efectivos suficientes para pôr cobro às situações recorrentes nesse continente.

É claro que no meio desse barulho todo, cabe aos guineenses, principalmente ao PAIGC e militares, a responsabilidade de pôr o país na ordem e semear um futuro próspero.

O  que mais me estranha no meio desses caos é a divergência dos guineenses, basta ler alguns artigos, comentários ou fóruns online. Uma vez, na Junta de Freguesia Santo Ilde Fonso, o professor Dr. Julião de Sousa disse: "A comunidade Internacional vai ficar espantada depois da reestruturação militar e ver a persistência dos problemas. O problema da Guiné-Bissau é estrutural e não necessariamente militar". Bem, sou forçadamente a pensar assim também.

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