quinta-feira, 30 de maio de 2013

Assim fico ali

Como o vento
-Tipo simples, nada de mais-,
Lambuzo no teu corpo,
Não me admiro nem me encanto
Nas golas ou curvas,
Apenas passo,
Suavemente passo
Como se eu não estivesse aqui.

Umas vulvas, duas voltas
Um comentário, à meia noite
Entre os embalos sonolentos
De momentos entre copos,
Sexo.
Sexo sem fim entre gritos e murmúrios
As tuas pálpebras interrogam um mundo distante
Por instantes que entregas ao prazer do grosso
Maço que enfias adentro de um bolso vazio.

Apagas as luzes, toca o telefone
Baixinho respondes meio sonolenta e tonta,
A cabeça anda à roda,
Ficas a imaginar:
Os saltos e as montanhas
O vento que sopra na janela
O vinho e o escuro.

Depois perguntas:
O que é isso?

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