quinta-feira, 29 de maio de 2014

Qual é a diferença?


Como o cabo-verdiano, por natureza, é um génio, eis que governo apresentou o novo bilhete de identidade que vai ser emitido a partir de Agosto. (A notícia é do mês de Março, retirei a imagem do Facebook nessa época).

Se havia desculpas por BI cabo-verdiano(actual) ser exactamente igual ao BI português(antigo), só mudando o nome das respectivas repúblicas, porque, pelos vistos, mesmo depois da independência a reinar manteve o tal Decreto Colonial nº 40711, de 26 de Agosto de 1956, o qual é a desculpa agora?

Que temos de copiar o que é bom? Que temos de tirar partido das potencialidades das novas tecnologias de informação e comunicação? Que assegura uma melhor protecção contra a fraude? Que proporciona ao seu titular múltiplas facilidades, como a armazenagem de dados pessoais e de acesso protegido pelo seu PIN?

Pois, pois, é exactamente isso que faz o Cartão de Cidadão! Ah, lá está, ia esquecer-me: "é uma das medidas ligadas à Parceria para a Mobilidade entre a UE e Cabo Verde". 

A maldita parceria especial! 

3 comentários:

  1. Já tenho um igual, só que em cima diz República de Portugal... e tal como escreveu madame Kabou, o Estado Pós-colonial africano é inimigo da inovação.

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    1. O Ki-Zerbo já dizia que "O 'pacto colonial' queria que os países africanos produzissem apenas produtos em brutos, matérias-primas a enviar para o Norte, para a indústria europeia". Assim fizeram com os nossos atuns e continuo a achar que apenas uma pequena elite beneficiou da independência mas isso é conta de um outro rosário.

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  2. Desculpem mas não entendo onde está o problema...O Sr. Lima até diz que "o Estado pós-colonial é inimigo da inovação"...Então o novo documento não é, em si mesmo, uma inovação? E, meu amigo mr vadaz, o "pacto colonia" não tem nada a ver com isto e quanto mais teimamos em fazer reviver os fantasmas do passado mais dificilmente conseguiremos contruír o nosso futuro...Aliás, pode-se sempre mudar a ancoragem e seguir os conselhos do Snr. Carlos Lopes...Que diabo, amigos, já lá vão 40 anos!

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