Não cabe a mim fazer o juízo de valor ou condenar o país X ou Y neste mundo por ter adoptado este sistema de condenação. Eu, simplesmente como um humano, racional ou irracionalmente vou manifestar contra esta barbaridade que cinicamente, ainda é praticada num país de liberdade, democracia e que “respeita” os direitos humanos. Este mundo(?) caminha de mal a pior? Eu diria que não. A conduta humana é que está a caminhar neste sentido, o mundo que podemos ver, é uma consequência da má conduta humana.
Decididamente, recuso de ver os EUA como um exemplo, isto é, eles são um dos primeiros a violarem os direitos humanos, pensando que têm moral para mostrar ao mundo a liberdade e democracia ou que são um modelo a seguir neste aspecto. Muitas vezes, dou comigo a pensar sobre a credibilidade das Nações Unidas e muitas outras instituições americanas espalhadas no mundo. Penso sobre os limites das suas credibilidades. Apetece-me perguntar o seguinte:
Se não existisse a pena de morte no Iraque, o Saddan Hussein iria ser julgado la? O quê que alguém vai dizer-me sobre o “ roubo dos terroristas”, torturas e julgamentos no Guantánamo? Olhem que estou a falar do roubo de um bem mais precioso deste mundo – a vida e a liberdade do homem. Para quê a pena de morte? Será que os EUA, realmente, querem a paz no mundo? O quê que estão a fazer os milhares de soldados americanos que andam a matar e serem mortos no Iraque e Afeganistão? Fazem sanções económicas a todos aqueles que, ironicamente, cometem crimes como eles. Não podemos estar a falar de “mais crimes” ou “menos crimes” mas sim dos crimes. Todos os crimes são crimes! Se estamos a lutar contra os ditadores, temos que lutar contra todos os ditadores. Não devemos banir a “ditadura cruel” para proteger ou promover a “ditadura simpática”. É engraçado, na cimeira EU-África, o Gordon Brown não sentar à mesa com o Robert Mugabe mas ele sentou à mesa com o George Walker Bush noutras cimeiras. É mesmo engraçado, o Obama seguindo os planos de Bush com a intenção(?) de acabar com ele ou acabar(?) com as armas nucleares, já é Nobel da Paz, o Muhamud Ahmadinejad enriquece o seu urânio, é terrorista e quer a guerra.
E a UE? A Europa continua com falta de auto-estima, seguindo religiosamente todas as cantigas dos EUA.
O quê que estas ladainhas todas têm a ver com a pena de morte? Serve para ilustrar e mostrar que os EUA além de permitir e cometer este tipo de crime, também cometem outros crimes nomeadamente agressões directa e indirecta no meio ambiente que se traduz no aquecimento global. Os Eu fazem guerra, desrespeitam os direitos humanos, desrespeitam os modelos políticos e económicos dos outros países etc. Eles não têm ou têm poucos em termos de moral para dar ao mundo. Outras nações poderiam exigir dos EUA o banimento da pena de morte. Este mundo não tem o boss do bem, temos todos que trabalhar para o bem da humanidade, por isso, não podemos estar a dançar todas as músicas e devemos produzir as nossas próprias músicas para dançar. Lutar contra o mal não significa proteger os “diabos simpáticos” e banir os “diabos maus” mas sim lutar contra todos os diabos.
Nada de hipocrisia!
