segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

“EM CABO VERDE ATÉ O LIXO É PARTIDARIZADO”



Acho que é desta que vou começar a escrever sobre a área ambiental, onde tenho contributo a dar Cabo Verde mas limito a citar-vos o vídeo em cima. Quando uma pessoa não tem o conhecimento ou a preparação técnica numa determinada área, é normal ouvir certas coisas. De um jornalista exijo que tenha o mínimo de conhecimento ou que faça a mínima leitura sobre o tema da entrevista. Este jornalista(?) com tantos bordões, tentando mostrar com uma certa fanfarronice que a empresa "americana" foi "rejeitada" do concurso a favor da EU, acabou por provar que não entende patavina do Aterro ou a Incineração. O presidente da CMP deu uma resposta à "saca-rolha", mostrando os seus limites quanto à questão, o que é normal mas como um "conhecedor do projecto", esperava muito mais dele.

"Num país insular como Cabo Verde onde temos pouca terra, se usarmos a terra para enterrar o lixo, vai chegar a um ponto onde não vamos ter mais terra porque somos limitados geograficamente...". "Quel lixo dento tchon é químico, óh que tchobe é ta move pa diversos partes, é ta corre risco pa contaminaçon de solo e talvez contaminaçon di agu...". Perdoa-me a franqueza mas para mim esta é a "conversa do café" e não de um jornalista.

Aconselho as pessoas a não ouvirem certas palavras porque... epáh temos que ser profissionais e responsáveis. Aconselho este jornalista a entrar imediatamente em contacto com a LIPOR, assim, quem sabe da próxima ele vai falar menos barbaridades.

Ainda bem que ele disse que a UE quer reduzir o aterro e não acabar porque os aterros têm que existir necessariamente porque as escórias e as cinzas resultantes da incineração têm que ser tratadas e depositadas no aterro, isto é, o aterro pode ser um complemento da incineração.

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