segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Um dia vou ser feliz

Sonhei ser uma princesa,
No fundo, desconhecia a minha tristeza
Fugi contigo para o castelo,
Lá estavas tu, o meu pesadelo
Porquê que me forçaste?
Eu era tão jovem, porque me exploraste, me VIOLASTE?!

No palco éramos cinco a cantar
Eu, louca e perdido por amar
Sujeitei-me a uma vida de poligamia
E hoje não entendo aquela filosofia
Quis proteger os meus filhos
Mesmo vivendo sem os milhos

A frieza do mármore do corredor
Foi a quentura do mármore corroedor
Que fritou os meus lábios e os meus sorrisos
E tirou os brilhos dos meus cabelos lisos
Porque não poupaste os nossos filhos da míngua?
Para onde foi a metade da minha língua?
Nunca saí, desconheço o cinema
Não tive infância, a minha vida foi sempre um problema

Um dia vou ser feliz
É o que sempre quis,
Vou poder sentar com amigos num café
Encontrar um cirurgião plástico, tenho fé
Apagar as marcas visíveis na minha cara
Porque as feridas da alma não sara

Um dia vou ser feliz
É a promessa que eu fiz
Vou gostar dos meus lábios
Desprezar todos os palácios,
Os momentos que perdi
E a vida que não vivi
Porque mesmo estando velho
Vou conseguir encarar um espelho

Um dia vou ser feliz,
Vou ser feliz
Feliz vou...
Feliz sou!

Crédito: À Regina Tavares, já és uma mulher feliz!

Sem comentários:

Enviar um comentário