segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Eu

eu, eu mesmo,
aquele que não tem hora, dia ou meses.
o perdido na escuridão que assola a noite dentro,
a dor que não alivia,
a alma perdida
numa vida escurecida
por causa daquilo que chamamos: amor.

eu, o vento que bateu,
a estrela que nunca acendeu,
o grilo que não cantou na aldeia,
a escuridão que ficou por lá,
distante nos ermos
bem perto dos infernos.

eu, aquele impaciente
que não espera a hora,
que não madruga na hora,
que não vai embora
e que não chora agora.

eu, sou eu mesmo,
o mesmo de sempre,
que estica em pé
e que, mesmo não tendo a fé,
abre a boca
num sorriso infinito
para beijar a morte.

mr.vadaz 2011;)

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