Tenho um buraco no estômago. Um enorme buraco por onde não entra a comida, nem sai os gases da gastrite que me mata aos poucos. Morro, morro lento e sei que um dia eu vou parar mas, para já digo-te, meu amigo:
Morro caminhando,
Sorrindo as minhas vivências,
Consistências, sobrevivências
E conveniências
Porque o meu mundo,
No fundo, fica longe de tudo.
Queima, queima
E queima a minha solidão,
O armário estendido no chão
É o meu corpo desfalecendo gradualmente.
Tem piada? Ignore, ignore e corre.
Sou um espécie carneiro
Com um candeeiro na mão
À procura do bote que navega
No mar sangrento.
Ignore a chamada,
Finge que não tocou o telefone,
Corre à clamada
Que o infeliz morre!
Morro caminhando,
Sorrindo as minhas vivências,
Consistências, sobrevivências
E conveniências
Porque o meu mundo,
No fundo, fica longe de tudo.
Queima, queima
E queima a minha solidão,
O armário estendido no chão
É o meu corpo desfalecendo gradualmente.
Tem piada? Ignore, ignore e corre.
Sou um espécie carneiro
Com um candeeiro na mão
À procura do bote que navega
No mar sangrento.
Ignore a chamada,
Finge que não tocou o telefone,
Corre à clamada
Que o infeliz morre!