domingo, 20 de novembro de 2011

Um domingo mingando

Na sequência da morte do avô do meu amigo, fui à missa do 7º dia na Igreja da Areosa, às 12h. Uma das coisas que há muito não ouvia na Igreja é o salmo(o senhor é meu pastor, nada me faltará) lido; outra coisa, nunca numa igreja católica, é uma sonoridade parecida com o blues.

Bem, para não variar, tive o efeito ratatouille, ou seja, lembrei-me das palavras da minha mãe e outras coisas da igreja que atormentavam a minha infância como "afastai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno", aqueles que estavam à esquerda do rei. Hoje continua a dúvida, porquê que um ser tão justo como Deus manda o seu filho para o inferno?

O padre pediu-nos para praticar a "cidadania cristã", "fazer do cristianismo um projecto de vida" e outras coisas, no seu devido contexto. Eu, um crismado, assim como um péssimo cidadão cabo-verdiano, sou um cidadão cristã medíocre; ao jeito do Nhu Puxin, sou um católico-apostólico-romano-cabo-verdiano mas, ao fim ao cabo, acredito que tenho Deus em mim.

Quando o papa Bento XVI pede que os "africanos devem trabalhar pela reconciliação, recusar o poder do dinheiro" e "atenção aos que estão afastados da Igreja", acho bem, mas se o Vaticano fizesse a mesma coisa, acharia muito melhor!

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