sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Regionalização - Palpite (I)

Para que fique bem claro, sou a favor da regionalização como uma forma de desenvolvimento sustentável em Cabo Verde. Cada ilha com a sua especificidade e o desenvolvimento deve ser coordenada pela matriz da nossa constituição.

Dito isto, penso que o povo, muitas vezes, se comporta como aquela coisa da joana, ou seja, na hora de campanhas eleitorais e votos, embalam na cantiga dos políticos e partidos, não exigindo a responsabilidade, depois das eleições, vem reclamar como os 'cães sarnentos'. É assim que vejo a questão da regionalização em Cabo Verde e a sua relação com os seus principais defensores e o zé povinho. Essa questão parece ganhar ânimo com o novo Presidente da República que propos um profundo debate no seio da sociedade.

Muitos políticos exploram o sentimento do povo nessa questão para ganhar votos. O Onésimo Silveira é um dos especialistas nesta exploração e, sempre que pode, faz discursos anti-Praia. Há quem vai mais longe, com um discurso anti-badiu e  anti-"governo colonizador da Praia" como se a Praia e os badius são os responsáveis pelo fracasso de algumas ilhas. Aguém já leu o comentário de um tal de Dra. Gilda da PIDIS? Olhem só, Partido para a Independência e Desenvolvimento da Ilha do Sal! São esses sentimentos que poder-nos-ão custar caro se essas pessoas não forem ouvidas e que poderão tornar generalizadas se não mudarmos de paradigmas. Sim, os cidadão devem ser ouvidos mesmo quando eles falam asneiras.

Porquê a regionalização em Cabo Verde?

Penso que é visível que a centralização não é o modelo adequado nesta fase de desenvolvimento de Cabo Verde. A centralização já deu frutos nas fases iniciais do desenvolvimentos mas, actualmente, não responde todas necessidades das ilhas.

Penso que cada ilha tem a sua especificidade e que deve ter um modelo característico do desenvolvimento em que o governo, de certa forma, deve abranger a autonomia às ilhas e assumir um papel mais fiscalizador do que promotor do desenvolvimento. Esta autonomia deve ser estudada, monitorizada e faseada a sua implentação, para o bem do próprio país. Caso contrário teremos os efeitos como os de certas liberalizações feitas em Cabo Verde na década de 90.

És contra ou favor da regionalização em Cabo Verde?

Segue o Movimento para a Regionalização em Cabo Verde e assine a petição do Movimento para Regionalização em Cabo Verde e a Autonomia para S. Vicente.
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2 comentários:

  1. Oi mrvadaz

    Pode-se ver que a centralização trouxe grandes problemas para Cabo Verde mas, especialmente, para a cidade da Praia.
    Praia tem todos os Ministérios (quem se importa?), tem todos os centros de decisão (quem se importa?), todos os grandes investimentos são aplicados lá (está tudo bem), só que se analisares friamente verás que a cidade é percepcionada como um local violente, pouco higiénico e que é visto como um lugar para ir subir na vida de qualquer forma.

    É um ciclo vicioso esse: quanto mais investem na cidade para suprir as necessidades das pessoas, mais pessoas dirigem-se para lá. Isto cria mais necessidades de investimento e as outras partes são esquecidas pelo que as pessoas emigram para Praia criando mais problemas sociais. E assim vamos continuando...

    Acredito que é necessário um Governo com coragem para assumir a Centralização por completo e investir de forma total na cidade da Praia até resolver seus maiores problemas e depois avançar para as outras localidades, ou então coragem para abraçar a Regionalização e distribuir o pouco por todos.
    Mas ficar neste sistema de semi-centralização não trará mudanças reais.

    Vê-se que os trovadores da ilha pouco o cantam a capital. É preciso criar o sentimento de amor pela cidade para que as pessoas (da praia e das outras paragens) possam melhor cuidar dela e nisso você tem responsabilidades.
    Abraço

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    1. Pois Dai,

      São visíveis os problemas da centralização..., devemos pensar numa alternativa já mas com muita calma e cabeça.

      Abraço

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