Do combustível à electricidade
Vamos regressar ao candeeiro de purga? Não basta electrificar as zonas rurais ou 80% das ilhas, é preciso que se garanta a sustentabilidade dessas electrificações, dito de uma outra forma, não basta fincar os postes com fios eléctricos para acabar por serem utilizados por uma pequena franja populacional. Se eu estivesse a viver em Cabo Verde(CV), principalmente se optasse por uma vida no campo, usaria o podogó* e faria candeeiro de purga como fazia os meus antepassados na ilha de Santiago.
Esta pequena reflexão ao pé da máquina Masselga com um copo de café na mão veio ao propósito da notícia de que "electricidade aumenta na quarta-feira", ou seja, amanhã, depois da semana passada ter sido anunciada um outro aumento de combustível. Quem vive em CV -- um cabo-verdiano comum que não tem o matabicho corrente -- sabe da dificuldade em pagar mais caro por um serviço cada vez pior no país da morabeza - electricidade.
Se eu fosse um dos membros do governo de Cabo Verde teria vergonha de sair à rua por mentir descaradamente aos caboverdeanos aquando das eleições para ganhar os votos e, hoje, sufocá-lo a todo o custo. Ainda bem que não temos nenhum Comando Militar porque, neste momento, se calhar, teríamos alguma organização internacional a apelar que soltem algum dos super competentes membros deste governo, nomeadamente Humberto Brito e o seu chefe; com certeza, estariam mais preocupados em governar e resolver os problemas dos cabo-verdianos do que lamechar no Facebook os problemas alheios, numa espécie de 'sacologia' como disse e bem o Alvarenga.
Ah, lembrei-me da discussão no parlamento entre a deputada Isa Costa e o deputado Afonso Fonseca sobre o Estado da Nação em que se falou sobre a electrificação em São Domingos. Fazendo as contas "nos matemáticas e aritméticas" como o Nhu Puxin, uma coisa sobraria: xuxadera!
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