segunda-feira, 2 de abril de 2012

Saudades condensadas

Entre os arrepios que sinto na barriga
E o cansaço amargo da alma,
Oiço o som da guitarra.
Meio hipnotizado pelo melancólico solo
Vejo a dançar o teu sorriso,
Uma estrela que não apaga
Por mais que se queira
Esmagar o mundo num só respiro
E despedaçar as saudades aos bocados.

Toca a flauta
Automaticamente respondido pelo solo,
Faz compasso meu coração
E a alma é ferida de novo.
A secura da minha garganta
Não aguenta os murmúrios melancólicos
Atrofiado nas lágrimas que recusaram o chão.

Ai eu canto
O sangue do meu pranto
Ai clamo a dor da razão
Do corpo no chão

Sem comentários:

Enviar um comentário