quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Cá no norte

Lema de muitos cabo-verdianos é o seguinte: estou safo, tudo faço para não safares. É comum esta triste atitude entre nó. Basta um estudante no estrangeiro reivindicar alguma coisa para ouvires muitas tretas e bostas como "não deviam aventurar", "porque não estudaram no país?" entre outras balelas e ataques como "nhos da nhos pedi, gosi go, nhos tremi nhos kadera". Muitos professores que andam a leccionar nas ditas "condições" são mal formados e outros nem sequer terminaram as suas formações ou possuem qualificações exigidas para leccionar numa universidade mas adoramos o desenrascar. 

Não muito tempo atrás, percebi-me que a maioria do cabo-verdiano não foi talhado para viver em grupo ou alguma associação; é um caos por natureza e anda semeando caos por todo o lado. Se não querem ajudar, ao menos, não falem asneiras! Ficava melhor para todos.

Dito isto, muito sinceramente, não acredito que é um consulado-geral no norte que vai resolver o problema dos estudantes cabo-verdianos em qualquer parte que seja. A culpa é de quem? Já repararam a data do acordo no documento que recebemos da Embaixada de Cabo Verde em Lisboa? Vocês recordam de alguma medida tomada para actualizar esse acordo? Alguma vez propomos(nós, os estudantes) alguma melhoria às autoridades competentes?

Agora digo-vos: os safados safos não querem saber de nós e quando safarmos não quereremos que os outros safem. Infelizmente funcionamos assim!

1 comentário:

  1. Caro amigo e colega,

    De facto é triste os comentários que foram feitos em rellação a uma situação tão dramática, uma insensibilidade que me enoja mesmo. Mas à parte disso, em relação ao Consulado Geral, não vai mesmo resolver a situação, mas tendo os serviços mais perto da realidade poderá ter um papel importante na busca de solução. Concordo plenamente quando diz que nós (os estudantes) temos de fazer algo para que a situação se resolva, alertando para os problemas, propondo soluções, dando sugestões, etc,. Ainda ontem estava a falar sobre o Guia do Estudante Cabo-Verdiano que está desactualizado e estou disposto a trabalhar no sentido de alcançarmos tal desiderato, assim como outros mais. Mas para isso temos (todas as associações de estudantes) de nos unir, temos de nos organizar para apresentar tais propostas. Não basta só apontar o dedo, é preciso uma atitude positiva também.

    Décio Carvalho

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