Viajando no azul
Coberto pelas brancas nuvens que vão por aí.
Não penso em nada,
Não sei por onde vou,
Apenas viajo no azul que cobre o infinito
E não vou chegar ao teu íntimo.
Aqui sim,
Os olhos não vêem as ingénuas maldades
Nem as puras maldades
Que falam as bocas tristes
E os corações ressequidos;
É como se estivesse a dormitar
Numa sombra fresca de uma árvore
Que poisa debaixo de um sol quente
E acomodado por himenópteros.
Estou no céu,
Não penso em maldades,
Não sinto as vaidades,
Apenas sinto-me a viajar nas alturas
Porque estou no chão
E não abro os buracos.
Daqui já não caio,
Viajo-me à vontade para o nada.
É como não sentir onde estou,
Não querer para onde vou
E desvanecer-me aqui.
28/03/2013