Ainda agora lembro-me
Do último fumo de cigarro
Que, da varanda da tua casa, tiraste
Era uma cénica a dança dos vapores
Que escoavam entre os teus lábios castanhos
E o infinito dos teus olhos
Reflectiam o brilho de um sorriso de cal
Por entre os dedos dormentes
Magicamente desapareceste num ápice
Que um fôlego dispara:
Quem me dera ver de novo os teus olhos!