quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Lobu ka ta fri, torna ku sambarku

"Djan flau kantu bes ma homi ka ta lê só rótulo di cerveja" (Já disse-te várias vezes que um homem não deve ler só os rótulos das garrafas de cerveja) dixit JB ao PF.

Na verdade, o meu amigo usou esta expressão, em jeito de brincadeira, para chamar a um  meu outro amigo a atenção de que é preciso ler "as coisas" mais a sério. E não basta ler. É preciso perceber o que lê e, acima de tudo, saber interpretá-lo para não "se basear na ignorância" ao interpretar os factos.

Isto vem a propósito dos feeds de muito boa gente amiga que recebo no Facebook. O acesso à Internet e a proliferação das novas tecnologias através dos telemóveis e computadores, por um lado, conectaram os homens a grande escala numa comunidade global mas, por outro lado, também expôs a fragilidade e a miséria humana. É aqui que, a meu ver, as ciências mais conservadoras como a religião estão a perder o terreno.

As pessoas já nem sequer se dão ao trabalho de reflectirem sobre os "lixos" e os impactos dos mesmos, partilham tudo a tempo real. A qualquer preço, e quase sempre gratuita.

Quem na vida nunca teve as crises dos Invernos existenciais? Mas é preciso fazer das redes sociais um psiquiatra público ambulante? Diz-me o que públicas dir-te-ei quem és!

Uma outra coisa: a já oficialização e o ensino do crioulo em Cabo Verde seria catastrófico porque o discurso básico e primário dos nossos jovens põe a nu o ensinamento do português e a debilidade das nossas bibliografias. É preciso pronunciar-se sobre a bibliografia crioula e o desleixo das nossa s autoridades? Creio que não.

Sobre a masturbação facebookiana feminina, o "I wanna be", os desfiles deprimentes, os gestos obscenos, o egoísmo, a fake solidariedade e os activistas bundão "não tenho nenhum algo".

Uma coisa é certa: a  mulher tem um comportamento cínico com outras mulheres e as mais frágeis são aquelas que mais tocam o tambor do feminismo.

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