Se é verdade que, apesar dos mandos e desmandos do PAICV de José Maria Neves, o MpD de Ulisses não ata nem desata, não me parece que a estratégia que está a ser utilizada pela Janira, a mesma que conquistou a liderança do PAICV, dará frutos a longo tempo.
Desde a primeira hora que a Janira lançou-se numa populista campanha rumo à conquista da base do partido. E conseguiu, de uma forma exemplar, deixando de rastos os opositores Felisberto Vieira e a Cristina Fontes.
Depois de estar feita a tarefa árdua que era conquistar a liderança do partido tambarina, impunha-se à nova líder a conquista e o domínio dos seus generais - a elite do PAICV. Ao contrário do que era previsível, a Janira continuou com a estratégica pasta da juventude e com a demagógica campanha direccionada à base do partido, marginalizando por completo àqueles que poderão vir ser os seus ministros um dia.
Hoje, temos claramente no PAICV temos três sensibilidades em que o Filu e a Cristina - versão feminina do Zemas - repartem entre eles e dominam os generais e a Janira com o domínio dos respectivos soldados.
Pode-se vencer uma guerra sem os generais? Ou a Janira quer promover os seus little soldiers a generais sem quaisquer experiências? Como ficarão os antigos generais no meio das batalhas que se avizinham? Vão lutar como soldados ou simplesmente vão cagar-se pela guerra?
Estas são as questões fundamentais dentro do PAICV que a Janira precisa responder antes que seja muito tarde porque até já há deserção de alguns soldadinhos, espelhados através da MAC #114.
