segunda-feira, 8 de junho de 2015

Da série Invicta


  1) Senti-me um pouco estranho no Porto, situação que nunca imaginei que fosse possível, depois de lá voltar 8 meses depois: rua desértica, a calma e a ausência dos blacks nas ruas e nos shoppings. Não foi preciso muito, foi só preciso uma meia volta para tomar uma cerveja com o meu amigo para as coisas ficarem familiarizadas;

 2) Já me fazia falta estar com uma pessoa para falar de música, literatura, poesia, política, sociedade e até da religião. Não é preciso também dizer que falamos de mulheres - das mais boas às mais putas que conhecemos. Reencontrei alguns dos meus amigos mas travei uma boa conversa sobretudo com o Jota e o Freestyle;

 3) O cansaço da viagem, do trabalho e a falta de tempo fizeram com que em ambas as situações ficassem alguns dos bons assuntos por serem tratados, ou melhor falados ou mastigados ao pormenor;

 4) Já não estava com a minha filha há cinco meses, portanto tentei aproveitar o máximo possível do tempo com ela. Ela reconheceu-me, ufah!, o que aliviou um pouco a sensação de culpa e uma certa irresponsabilidade minha. Entre Contumil e Quinta do Covelo, além de algumas gargalhadas conversas e fotografias, pude perceber melhor a falta faço na vida dela. Mas a vida é um puta-que-pariu que sucede à uma outra puta que por certo, nada é certo;

 5) Podia estar sempre ali no Porto? Como é que realmente as coisas desenrolam na minha ausência? O que podia ter feito para lá estar mais vezes? Ela convive com estranhos que nem sequer têm a minha permissão? Como é esse convívio? Essas são algumas das shits que passam pela minha cabeça, enquanto faço algum esforço para não deprimir;

 6) Cheguei à Lisboa a tempo e à hora de puder ir trabalhar e com a promessa de esforçar para regressar à Invicta mais vezes.

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