Até eu que não entendo nada de diplomacia "diplomática" percebi(mas também adivinhava) a gravidade desta afirmação do nosso primeiro-ministro, José Maria Neves, que pareceu-me mais uma peixerada do que um infeliz comentário uma alta figura do estado. Tendo em conta a delicada situação dos bissau-guineenses, esperava-se, no mínimo, uma certa prudência nestas alturas. Ainda por cima de um povo irmão.
Como um cidadão atento não fiquei surpreendido porque a mesma figura já habituou-nos a afirmações criminosas, irresponsáveis e levianas como "partido financiado pela droga" em plena boca da urna, "morte do Nelson Mandela", "intriguistas que mataram o Amílcar Cabral", "ratos", "chico", "burro na ladeira", "gafes diplomáticos com o seu presidente", "bolsa à filha da..."..., epah são tantas asneiras que custa-me acreditar como é possível um gajo assim ter três mandatos em Cabo Verde. Claro, lá está, a oposição foi fraquinha, fraquinha nestes tempos que não soube desmontar o discurso de "país de desenvolvimento médio", "bluf cluster do mar", "boa governação" "parceria especial com a União Europeia" e "país mais isto e mais sei lá o quê de África". Já dizia o velho ditado: na terra do cego, quem tem um olho é rei.
Obviamente que o tal comentário despertou a ira de muitos guineenses. Destaco o comentário do nosso Djarma, ou melhor, Filomeno de Pina:
"Não compreendo e nem aceito este senhor como responsável! Pelo que disse ele não conhece o seu lugar na DIPLOMACIA POLITICA, lembrando, mesmo no seu País em relação ao Presidente de Cabo Verde já cometeu "atrevimentos" com complexos de usurpação na hierarquia do Estado de Cabo Verde.... Deve sofrer de complexo "narcísico" e vai confundindo, achando que isto (politica) é um concurso de "Mister", porque de politico, nesta sua última afirmação em relação ao candidato derrotado na segunda volta, ele foi canalha, tendencioso, cínico por natureza e, mais uma vez - "O" - complexado nas suas politiquices paranoicas em relação a Guiné-Bissau. Por isso, não vale a pena criticá-lo, seria alimentar o seu desequilíbrio sadomasoquista, por outras palavras, seria talvez um bom cliente, mas a tratar dos complexos pessoais em relação a Guiné-Bissau, com "terapia de choque"".
Como psicólogo, parece que o Filomeno soube detectar com êxito alguns complexos do Zemas que alguns analistas cabo-verdianos, entre eles, Casimiro de Pina, tinham apontado no extinto liberal. Ainda bem que muitos sabem a diferença que existe entre um primeiro-ministro e o povo cabo-verdiano.
O quê que se esperava mais do Zemas como professor?
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