sexta-feira, 2 de outubro de 2009

ALUPEC/AK - MAS KONFUSON?


O que para muitos poderá ser um belo esclarecimento, para mim tornou-se mais confuso. A cerca de disto, escrevi:

Antes de mais, é bom saber que o senhor Manuel Veiga tolera as opiniões diferentes. Compreendi o seu desabafo acerca do artigo de David Leite, quando o dedo é colocado na ferida, a solução é mesmo gritar o desespero.

Queria salientar alguns pontos que achei interessante neste artigo:

I) “temos que ter um sistema de escrita, temos que desenvolver o ensino das duas línguas, temos que aumentar o seu uso na administração, na comunicação social e na criação artística”. Plenamente deacordo. O problema é que só temos um alfabeto, o ALUPEC/AK, sendo isto não é nenhuma novidade porque o Alfabeto Português faz exactamente a mesma coisa. Como ele mesmo disse, tudo não passa de uma questão de convenção. O problema é que NÃO TEMOS UM SISTEMA DE ESCRITA, O ENSINO DO PORTUGUÊS É PÉSSIMO, QUANTO MAIS BARALHAR COM A INTRODUÇÃO DO CRIOULO NA COMUNICAÇÃO SOCIAL E NA CRIAÇÃO ARTÍSTICA. É neste sentido que eu acho estar uma GUERRA DECLARADA AO PORTUGUÊS, portanto, concordo com o David Leite;

II) “Não vejo o alfabeto português a servir, plena e globalmente, o inglês ou o árabe”. Me poupe senhor Manuel Veiga, grande novidade ou pensas que os caboverdeanos são estúpidos? Todo o burro conhece esta verdade, estamos num país democrático, portanto, o português serve mais população do que o crioulo querendo ou não, assim como o inglês serve mais população do que qualquer outra língua “nowadays”;

III) “«Prizidenti» e ao Norte se escreva «Prezidente»”. Fogo! Se nem temos as condições para o ensino do Português que há muito tempo é a nossa língua oficial, achas que teremos as condições para ensinar Norte-Sul ou ilha-a-ilha?

IV) NÃO CONFUNDA «O Estado promove as condições para a oficialização da língua materna caboverdiana, em paridade com a língua portuguesa» COM «O Estado promove as PROPAGANDAS para a IMPOSIÇÃO da língua materna caboverdiana, em paridade com a língua portuguesa»;

V) “A título de exemplo, a minha proposta é: em cada ilha, o ensino parte da variante local, depois faz-se a ponte com as duas variedades (Norte/Sul) de sociabilização maior. A nível da oralidade, mas também na criação cultural e na comunicação social, cada um utilizará a variante da sua escolha e/ou competência”. COMO? Temos dinheiro para criar CONDIÇÕES para tudo isto?

Só se for no seu sonho! Desculpa senhor Manuel Veiga, ninguém vai acreditar nesta treta!

Ru Bás 2 di Oitubru di 2009

mrvadaz

ilustrason

3 comentários:

  1. Meu caro, não vou comentar o teu post porque já estou farto desse reboliço à volta deste tema.

    É só "vira e toca o mesmo".

    ResponderEliminar
  2. Pois é Amílcar!
    Entendo, tens toda a razão!

    ResponderEliminar
  3. ...Não faço minhas as palavras do Amilcar.

    ResponderEliminar