segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Depois de 2011 virão os melhores dias?


Juro, que estou a evitar criticar as nossas posições mas há, como sempre, uma grande dispersão entre a teoria e a prática. Nós, os caboverdeanos, fartamos de gabar sermos um "povu intiligenti", um dos povos africanos(desculpa, há quem acha que não somos africanos) mais lúcidos, culturalmente evoluídos, nacionalistas, orgulhosos, patriotas etc. Quando paro para ver, pensar e reflectir, vejo que a pirâmide está invertida porque as nossas acções e os nossos comportamentos não prova isso.

Não entendo as euforias ou os ódios de certas pessoas com o retorno à vida política do Carlos Veiga. Certamente, o gajo fez o que fez ao nosso Cabo Verde(um grande salto rumo ao desenvolvimento na década de 90 assim como uma grande estagnação no final da mesma década), não senti, não tenho e, provavelmente, não vou ter saudades dele como político e muito menos como o primeiro ministro de CV. Com um discurso ultrapassado e pouco inovador, Carlos Veiga ficou na década de 90 esquecendo que o país que ele ajudou a crescer e afundar ao mesmo tempo, hoje, exige uma nova dinâmica e uma nova visão rumo ao desenvolvimento. Pior do que isto tudo, o gajo parece um papagaio, isto é, a repetir o que todo o mundo está careca de saber e não apresenta nenhuma solução credível para os problemas que o país se encontra. Não adianta dizer aos caboverdeanos que a Electra, o TACV ou a gestão dos recursos públicos são uma merda e que o governo não tem a solução para esses problemas. Isto de dizer o que está mal é fácil, basta ver o que não está certo ou que está a causar prejuízos aos caboverdeanos. Nós precisamos de medidas e soluções para a resolução desses problemas, para vermos até que ponto, a oposição é diferente e melhor do que o governo.
Queremos um primeiro-ministro como este?

José Maria Neves, o simpático, com um sorriso até as orelhas, um discurso plágio e poético-infantil dirigido às massas. Sim, dirigido às massas porque estas conversas para o boi dormir não pode e nunca ser digeridos de uma outra forma. Inverteu a tendência maléfica que o seu conterrâneo, Carlos Veiga, deixou o país mas com um cambada de ministros, directores e subdirectores fantasmas, o estado de Cabo Verde ficou cambado e não deu mais do que este passo. Estou farto de reler ou ouvir cópias dos poemas comunistas dos "lutadores" para a independência. A independência já foi conquistada há mais de trinta anos, os "libertadores" e os pseudo-libertadores merecem o respeito mas estão ambos ultrapassados, portanto, eu não compro banha de cobra. Com o lema "Novo tempo, nova resposta", o gajo parece não perceber o significado do seu lema por isso temos: "Novo tempo, mesmas respostas", isto é, temos uma nova juventude e um país mais exigente mas cinicamente temos os mesmos ministros, mesmos directores e subdirectores, consequentemente as mesmas merdas da Electra, TACV e da gestão dos recursos públicos.
Queremos um primeiro-ministro como este?

Precisamos de acções modernas e queremos um discurso moderno, que visa o nacional mas focado para o internacional, respondendo os desafios da globalização e do mundo moderno.

Conclusão: Não é desta(2011) que Cabo Verde vai conhecer ou viver os seus melhores dias, tanto o Carlos Veiga como o José Maria Neves, não são uma mais valia para as exigências actuais do país. Salva-nos do desastre a próxima equipa dos ministros porque estes dois potenciais primeiro-ministro estão esgotadíssimos!

Imagem: aki

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