sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Crónica Azeda


Cabo Verde, terra de esperança, morabeza, cultura e dos caboverdeanos, este último que se auto-denomina de “povu intiligenti” e o mais avançado da África pela sua maneira requintada de ser ou simplesmente por nosso país ser um “brasilin”.

No meio desses inteligentes comecei a perceber que não falo o crioulo de Cabo Verde mas sim o “kabuverdianu”, nesta sequência, para a “kumemorason” do Dia Internacional da Língua Materna, o Ministério da Cultura/IPC estão a promover a «Educação bilingue e a implementação da biliteracia e o ensino da leitura e da escrita em cabo-verdiano» e «A importância da valorização da língua materna em diferentes perspectivas». A iniciativa é boa, está certa e na hora certa mas fico por entender esta mania forçada dos (KU)lturistas à volta do património comum, impingir um dono ou alguns donos, esquecendo que vivemos das migalhas das ajudas internacionais, no mínimo devíamos ensinar o português em condições para fazer uma boa comunicação com os nossos irmãos da CPLP. O crioulo está bem enraizado na nossa sociedade, não é o ensino bilingue ou um novo alfabeto que vão fazer com que ele seja mais valorizado ou salvo da extinção. Pode e deve ensinar o crioulo mas criando as condições necessárias.

Num país onde só não carecemos dos “sientistas”, o meu maior medo é o meu filho dormir e acordar sem saber o português nem o crioulo correctamente visto português está quase morto em Cabo Verde.

Imagem: Múmia Oslimarias

7 comentários:

  1. Meu amigo, é lamentável que os governantes não acordam nunca para a realidade, e vivem criando projetos que não levaram a nada.
    Abvração

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  2. Coloco este comentario aqui também porque quero corrigir uma gralha. Ha certas gralhas que têem de ser corrigidas. A filosofia arabe chama-se Falsafa e nao o que escrevi trocando o s pelo f e vice versa no comentario mais abaixo. E estava a responcder ao Anonimo assim:

    Oh Anonimo na lista que dei de mestres arabes do que eles chamam Falsafa, quer dizer filosofos, eu escrevi e "todos os outros".

    Logo, claro que conheço o Ibn Rusd, que os ocidentais adapataram para Averróis (grafia portuguesa). Em matéria de pensamento geométrico espinosiano, quando conheces um ângulo, conheces o poligono.

    Com isto quero dizer que se conheço Al Kindi, é porque conheço também Al Farabi, o grande Al Tabari, Al Nazzam, Al Hibari, Al Kulayni, Ibn Arabi, Avicena, enfim oh Anonimo, conheço e tenho os livros. O Varela/Vario, também conhecia essa gente toda.

    Ja agora ha que dar uma olhadela pela filosofia judaica, pelo Maimonidas, o grande filosofo judeu, ha que ler o Talmud, o Al Zohar... bem minha gente eu nao ando aqui a brincar.

    Mas atençao é ler com sentido critico, aqui nao ha lugar para doutrinaçao, nem para convertir a, b ou c. Eu sou um pensador e para mim, mesmo os livros sagrados, os livros dos mortos egipcios, sao livros, superiores, mas sao livros.

    Livros como o livro de Sao Cipriano, como o Fausto de Goethe, as tragédias gregas ou as de Schiller, Corneille e Shakespeare.

    Mas o mais importante ainda é cruzar essas leituras, é o fazer as metaleituras e metainterpretaçoes, a hermeneutica juridica, religuosa e filosofica. Isto é que me excita meus caros, e encontrei isto tudo em Vario.

    Boas leituras rapaziada...

    Al Binda

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  3. Nta pensa ma importani e tem un inicio depos, ku tempo y avliason di impactu ki ensinu k lingua sta ten, nu ta adaptal até nu atinji si total amadurecimentune scritu.
    kenha ki acompanha evoluson di lingua portuguesa,sabe d mudanças k e sufri ku andar d tempo, ka nu skesi di recente coreson ortografico. Afinal ka ten nada midxor k pratica pa mostra funcionalidad d kuzas.
    em relason a medu di bu fidju ka prendi fala nem un nem otu, ki tal bu paril na un pais d lingua única: mas seguransa y menos trabadju pa bô!!!! y menos un chatiça pa cv

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  4. Caro Wanderley

    Infelizmente, hoje em dia predomina esses tipos de governantes no mundo e Cabo Verde não é uma excepção.

    Abraço,

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  5. Caro Anónimo disse 21 de Fevereiro de 2010 08:45,

    1)Existe uma palavra para todos aqueles que querem implementar ou projectar qualquer coisa: Optimização, mais não digo.

    2)Nunca fui contra o "inicio depos, ku tempo y avliason di impactu ki ensinu k lingua sta ten, nu ta adaptal até nu atinji si total amadurecimentune scritu", questionei as condições para isso. Infelizmente muitos defensores utilizam o acordo ortográfico para justificar as "barbaridades" que querem impingir aos caboverdeanos, esquecendo que cerca de 240 milhões de pessoas falam o português e em Cabo Verde nem sequer chegamos a 500 mil. Mesmo assim, não é uma justificação para não oficialização.

    3)Respeito a tua opinião mas essa de mandar-me ter filho noutro país e relacionar com a segurança e chatices, é muito atrevimento da tua parte e não pedi-te a opinião sobre isso!

    Abraço!

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  6. Barbaridade,Impiingir. Aaaai!!! q palavras fortes!!! Os CVerdeanos/as andam mto dramáticos
    Apartir do momento que fazes uma puplicação, espere opniões das mais várias ordens!!!

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