segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Colheita de órgãos

Se eu tiver que morrer, deixe-me morrer, no céu ou no inferno estarei entre os meus compatriotas e amigos, aqueles que ficarem vivos, um dia hão de encontrar-me lá. Isto para dizer que nunca pensei ir ao Centro de Saúde para registar-me como não dador de órgãos mas, neste momento, estou a ponderar a situação seriamente.

Para quem já viveu traumas da negligência médica, vê o tráfico dos órgãos com alguma tristeza, desconfia da fiscalização ou simplesmente pensar que o "homem é a medida de todas as coisas", certamente, terá algumas reservas perante o "documento da Ordem dos Médicos que vai estabelecer os vários critérios e condições para que seja declarada a morte nos casos de paragem cardíaca irreversível em tempo útil de realizar a colheita de órgãos, sendo, actualmente em Portugal, as colheitas em dadores cadáveres só são feitas, após a verificação de morte cerebral, definida por lei" como noticia o Jornal Público.
Imagem

3 comentários:

  1. Olá amigo
    Eu sou doador. O que eles vão fazer não sei, mas pelo menos vou fazer a minha parte.
    Grande abraço

    ResponderEliminar
  2. A medicina actual ainda não pode dizer com a certeza absoluta quando um corpo é cadaver. Quantos casos conhecidos existem fora aqueles que não se conhecem, de pessoas clinicamente mortas regressarem há vida e viverem mais uns anos. Mas como neste mundo, hipocrita e ganancioso onde apenas os valores materiais contam, todas as coisas negativas que cada vez mais estão acontecer, são consideradas normais. Desde que daí provenham lucros financeiros. Ganhem juízo!

    ResponderEliminar
  3. Até aqui a morte cerebral era a indicação para desligar a máquina, agora nem se vai esperar por isso.
    Estou a ver que encontrei mais alguém que ficou... "com a pulga atrás da orelha" ;))

    Bjos

    ResponderEliminar