segunda-feira, 23 de maio de 2011

ALUPEC PECA

Uma vantagem de muitos e principais defensores do Alfabetu Kabuverdianu(AK), orgulhosamente, ex-ALUPEC é conhecido: querem construir uma nova escola para vender os seus produtos. Continuo a não perceber a imposição de um alfabeto que não me serve para nada, muito pelo contrario só agrava a situação, tendo em conta que escrevo o Crioulo de Cabo Verde perfeitamente com o Alfabeto Português(AP).

Pecado de um magnifico e conhecido alupecador: "(...) lingua di Tugas, un lingua di kinta-kategoria papiadu apenas pa serka di 3% populason mundial, tudu es povus atrazadu di es planeta. (...). Odiu irasional di alfabetu kabuverdianu (ex-ALUPEC) ta po es gentis ta fla disparati".

Concordo, de facto, o ódio irracional faz-nos falar disparates porque considerar o Português como uma língua da quinta categoria e falada por apenas(olhem só) 3% da população mundial, não creio que o AK vai ser usado por mais que apenas 0,00000000000001%(olhem que estou a ser simpático!) da população mundial, portanto, é melhor não irmos por ai.

9 comentários:

  1. Eu ainda não começei a usar o novo Acordo Ortográfico, que direi então do ALUPEK?

    Acredito que muitas vezes é melhor fazer algo errado que possa ser melhorado, do que não fazer nada. Muitos dos "linguístas" que criticam o ALUPEK não estão apresentando uma alternativa - mesmo que pontual - para se ter uma nova visão.
    Não conheço e nem uso o ALUPK por isso por enquanto vou tentando manter-me à margem desta discussão.

    Abraço

    ResponderEliminar
  2. Dai,

    Não tem que se ser necessariamente "linguista" para criticar ou não uma coisa ou muito menos acompanhado de uma alternativa.

    Contudo, a minha alternativa é seguinte: uso do Alfabeto Português como fazia Eugénio Tavares, Sérgio Frusoni entre outros para escrever o crioulo.

    Se não conheces o ALUPEC, trata de o fazer o quanto antes já foi debatido até a exaustao na blogosfera CV e tem sites onde podes aprender como o http://alupec.kauberdi.org/decreto-lei-67-98.html

    ResponderEliminar
  3. Devemos todos, caboverdianos e não-caboverdianos olhar para o AK (ex-Alupec) como alfabeto Decretado para escrever os Crioulos de Cabo Verde. Uma proposta para a escrita do CCv que segue um princípio de uma Letra (grafema) um som (fonema). Se pensarmos assim, não se quer “construir uma nova escola para vender os seus produtos” apenas, no sentido pejorativo da frase. Propõe-se uma nova forma – normativa - de escrever os Crioulos com argumentos (in)válidos, para que os caboverdianos passem a ser alfabetizados na Língua que sabem bem falar, tal como acontece em vários pontos do Globo. Temos de reconhecer que esse Alfabeto serve para escrever os vários Crioulos, assim como o alfabeto etimológico… também sabemos que os Caboverdianos preferem continuar a escrever o Crioulo à “moda dos Claridosos” a que estão habituados. § Agora, a Instituição por Decreto-Lei do AK era para respeitar... Eu, aqui no www.kauverdianu.blogspot.com, faço uso do AK sem respeitar o princípio citado para a escrita do Crioulo. Mas aqui são minhas reflexões, apenas. § Considero que, se quisermos escrever a Língua Caboverdiana - Língua, como todas as Línguas do mundo, tem dialectos, idiolectos, socioletos, entre outros “lectos” - não devemos pensar em escrever sons produzidos por cada qual, mas sim a Língua que Cabo Verde fala. §§§ Ninguém devia ignorar que o Ensino-aprendizagem em Cabo Verde ainda se faz exclusivamente num Português e em Português. Logo, o Discurso que cita no seu post é de Alguém que não (porque não quer) valoriza a História e a Cultura do Povo Português, sobretudo quando se emite uma opinião sobre as “fraquezas e a utilidade” da escrita alupekiana. E mais, que a nossa Identidade Cultural está mesclada na de Portugal e na de outros países lusófonos…, que muita da nossa História está ligada à História de Portugal. § Concordo com a sua Conclusão, não é por aí...

    ResponderEliminar
  4. Caro Et,

    Esclarecedora a tua posição. Abc

    ResponderEliminar
  5. Partindo de uma ideia base que me parece pacífica, de que o Criolo de Cabo Verde é uma Língua, que acolhimento se deverá dar a uma frase como esta: "Lingua dos Tugas, uma lingua de 5ª categoria falada por cerca de 3% da polulação mundial..."
    Ora, a língua dos Tugas, que é oficial em 10 países independentes e 7 organizações internacionais é de ensino obrigatório em mais 5 países e falada por cerca de 3,5% da população mundial, ou sejam, cerca de 240.000.000 de pessoas...Não sei como se chega à conclusão de que uma lingua é de 5ª categoria, mas é a que temos, é nossa e mesmo de quem a repudía, com um indisfarsável aroma a ódio cego que, decerto, nada tem a ver com as linguas, que são um assunto sério, para ser tratado por gente séria, com os pés assentes no chão e ideais construtivos...
    Termino com uma informação que vale o que vale: aínda hoje, depois de quatro anos de namoro e 55 de casamento, falo criolo com minha mulher, no nosso relacionamento doméstico...Eu, Tuga, me confesso!

    ResponderEliminar
  6. Confesso que não tenho nenhuma vontade de aprender o AK.
    Enquanto escrever crioulo caboverdeano continuarei a a escrever o Crioulo à “moda dos Claridosos”.

    ResponderEliminar
  7. Zito,

    La está o problema de muitos defensores do novo alfabeto, quiseram distanciar do Português, até porque é percetível o contexto que foi criado, mas não deram o trabalho de socializa-lo com o alfabeto que temos, muitos falam do Português como se estivéssemos na Guerra Colonial-- os pseudo-revolucionários de Cabo Verde.

    Eu falo e escrevo o Português sem nenhum complexo conforme as situações e acho que nao devemos invocar os números para justificar o AK porque, se assim for, é melhor deitar aquela investigação no lixo. De qualquer forma todos devemos valorizar o crioulo não esquecendo do nosso grande património, o Português.

    So com crioulo(de Santiago), eu so falo com caboverdeanos(nem todos) mas com o Portugues, alem dos caboverdeanos, falo com os portugueses, brasileiros, angolanos, guineenses, são-tomenses, chineses, timorenses e outros.

    mrvadaz

    ResponderEliminar
  8. Dai,

    Eu estudei e experimentei o AK mas prefiro o AP para escrever crioulo, da-me mais jeito.

    Depois de um tem a usar AK, comecei a ter duvidas e trocar s e z no uso do AP.

    ResponderEliminar