sábado, 27 de agosto de 2011

ART&TUR 2010 - Award Aristides Sousa Mendes, Human Life Category



Bem, Redy, se não for pedir muito, gostaria que fizesses uma leitura deste documentário. Conheço esta aldeia como as palmas das minhas mãos assim como as suas pessoas. Eu vou rever este documentário e fazer uma crítica integral depois, por enquanto devo salientar que:

a) O padre Fernando recusou, com razão, de baptizar uma criança em que ia ser padrinho, ano passado, porque os pais não assistiram a preparação do baptismo mas também recusou categoricamente de autorizar o baptismo fora da Paróquia de Nossa Senhora da Luz;

b) Acho engraçado que os caboverdeanos, em geral, em frente de uma câmera têm tendências em falar português que na maioria das vezes fica pior que o crioulo. Razão para assumirmos o bilinguismo prático?

c) Essa de "correr" com o Programa Alimentar Mundial - PAM e obrigar os pais à sacarolha na contribuição do alimento dos alunos, só podia ser a ideia do iluminado Zemas na sua "amarelização", perdão, "cor-de-rosalização" de Cabo Verde e o seu PDM.

P.S. Não regressei, estou cá!

5 comentários:

  1. Não conheço a aldeia e hei-de lá ir visitar. Achei interessante o trabalho feito pela Rotary. Aldeias com os problemas desta são quase todas… e esperamos apoio para tudo. Culto do assistencialismo. Repara que quem faz o vídeo são portugueses e, portanto, é normal falarem português mesmo sem saber. Contudo, gostei daqueles que falaram em crioulo. Sempre existe legendas. Bilinguismo não existe em Cabo Verde, porque como sabes nós não dominamos as duas línguas. Ser PDM tem esse problema. Obviamente, vamos ter grandes problemas nessa coisa de cantinas, nós que nem a capacidade de dar à população luz e água temos.

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  2. Existe um tipo de bilinguismo em Cabo Verde, veja que algumas vezes as perguntas são feitas em português sem recurso a intérprete e o entrevistado responde em crioulo... e, curiosamente, o entrevistador portugues, consoante a resposta dada faz outra pergunta na sequencia da resposta....mostrando haver alguma compreensão mútua. Só a oficialização da LCv e o seu ensino tornará o caboverdiano "descomplexado" perante as câmaras.
    Trabalhei na freguesia de Nossa Senhora da LUZ durante os anos 1985-90 e a realidade era bem pior...

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  3. e tu quando escreves em português, que tendência é essa?!

    quem foi para a escola tem direito de ser bilingue; logo nao ha drama nenhum em tu escreveres português porque foste escolarizado em português, e falares crioulo, porque sempre falste crioulo com os teus interlocutores à tua volta.

    mas ha familias crioulas bilingues, onde sempre se falam as duas linguas; nao é tragédia nenhuma..

    no caso que analisas talvez seja apenas ignorância, porque quando se tem consciência daquilo que somos nao damos essas patadas!!!

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  4. Thanks Redy! Comentários pertinientes, eu estou numa correria nestas férias, também, o PP medalheiro ultrapassou as minhas análises;)

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  5. Anónimo 28 de Agosto de 2011 12:04,

    @ Como trabalhaste ali, com certeza conheces muito bem a realidade. Concordo, de facto há uma compreenção se calhar um intérprete seria o ideal. Se calhar o bilinguismo resolvia esse problema.

    @ Anónimo 30 de Agosto de 2011 22:15,

    Quando escrevo o português não é nenhuma tendência mas sim uma opção e faço a mesma coisa quando falo, opto por uma ou outra coisa.

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