quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Dificuldade para as dificuldades

Cá por mim, muitas coisas não se resolvem em Cabo Verde por culpa exclusiva dos caboverdeanos. Falo das politiquices, politiquizices, politiquizinhos entre outras esquisitices e "ices" da política que começa em casa, vai para a escola, bares, restaurantes... Pior disso tudo é que até na faculdade e para o resto da minha vida vou ter que conviver com essas "ices".

Ninguém quer olhar que os problemas dos estudantes e dos emigrantes caboverdeanos não é culpa do Zemas ou Veiga, do actual ou anteriorior governos e por aí fora. Ninguém quer enfrentar o problema em vez de sentar e apontar o dedo, tentando ganhar alguns votos com isso.

Tanto o Zemas e Veiga, assim como o actual e anteriores governos, podiam e deviam fazer alguma coisa para estreitar a relação com a diáspora caboverdeana. Todos nós ainda podemos fazer qualquer coisa! Só para citar um exemplo, no papel de saúde que recebi da Embaixada de Cabo Verde em Lisboa, salvo erro, está um acordo do periódo de independência.

Quando a Janira Hopfer Almada veio ter com os estudantes na Universidade Portucalense, fez-se acompanhado pela Associação dos Estudantes Cabo-verdianos do Porto(AECVP), cagaram nos problemas dos estudantes e venderam o país rosé do Zemas. Tempos depois o Miguel Monteiro veio fazer um encontro com os estudantes na Junta de Freguesia Santo Ildefonso, acompanhado da Associação dos Caboverdeanos Norte de Portugal(ACNP), cagaram nos nossos problemas e venderam o país caótico do Veiga.

Para quem que como eu, fez tentativas frustradas de melhorar as coisas por estas bandas, sabe e conhece o papel desses "ices". A dificuldade é grande e vai persistir enquanto não percebermos que Cabo Verde e os seus problemas não pertencem aos partidos políticos mas sim exclusivamente aos budjuras*; não estranha notícias como estas(Estudantes cabo-verdianos enfrentam dificuldades em Portugal e ESTUDANTES CABO-VERDIANOS PASSAM FOME EM PORTUGAL) e os seus respectivos comentários.

*Budjura é expressão que os angolanos, guineenses etc, usam para designar os cabo-verdianos.

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