quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Nada Aprendeu


Vendo para o título deste post, alguém pode pensar que é meu mas não, é de um engraçado artigo do Martinho Júnior que encontrei na Página Global. Não tenho e nem faço do Pedro Pires o meu político de estimação mas nunca engoli certas histórias dos nossos libertadores nem admiro o percurso de muitos deles como muitos.

É engraçado, um dia destes estava a ver telejornal na pagina da RTC, uma notícia sobre aceitação ou qualquer coisa do género da internet em CV, lá fundo de uma instituição qualquer, estava o retrato do Pedro Pires como se estivessemos naquela época da "guia do povo".

Vamos a que interessa, o Martinho Júnior escreveu o seguinte sobre o nosso MoIbrahim:

"Na luta então travada, o colonialismo português (recorde-se que Portugal foi o único estado fascista presente na fundação da NATO) fez uso de meios bélicos daquela Organização, inclusive aviões de ataque ao solo Fiat-G-91, fornecidos pela Alemanha".

"Não é agora que Portugal, após o 25 de Abril, que se constituiu num componente da Europa, que essa situação se alterou, mas Pedro Pires, Presidente de Cabo Verde, poucos cuidados tem para com a NATO!".

"Entre o jovem Pedro Pires e o Presidente, é evidente que toda a nossa simpatia só pode ir para o primeiro; para o segundo e neste caso: parece que quanto mais velho, mais memória perdeu, mais oportunista se tornou e sobretudo, demonstra não ter aprendido a lição!"

Duvido que discussões como esta chegue ao nosso binóculo político.

6 comentários:

  1. Caro mrvadaz, eu, pelo contrário, discordo completamente do artigo a que fases referência. A análise é superficial, parcial, descontextualizada e fere princípios básicos de análise histórica. Se fôssemos por este prisma, hoje a Europa (entre as quais Portugal!!!) não estaria a implorar aos alemães que segurassem a coisa na Zona Euro, depois de tudo o que a Alemanha fez durante a Segunda Guerra Mundial...

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  2. Caro Paulino Dias,

    Tendo em conta as tuas referências, concordo contigo.

    Eu também não subscrevo o artigo em apreço integralmente até porque Pedro Pires já nem é o presidente de Cabo Verde; também temos que ter em conta que CV é pobre, infelizmente, neste mundo não há almoço grátis.

    Mas também, concordo com o artigo no que refere à Nato.

    Abc

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  3. E, AMIGO PAULINO, DO QUE FEZ NA PRIMEIRA GRANDE GUERRA, CUJAS INDEMNIZAÇÕES LEVOU 90 ANOS A PAGAR!
    Zito Azevedo

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  4. Zito,

    Vi o post que fizeste sobre essas indemnizações. Nunca me tinha passado pela cabeça que estava a decorrer uma coisa daquelas.

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  5. PEDRO PIRES CONTRIBUIU PARA CHAMAR A NATO PARA ÁFRICA!

    A trajectória de África é de submissão e de vítima de opressão, século após século, uma saga que não terminou, pois a rapina dos grandes piratas continua.

    A trajectória da Europa é de império e de mentora de opressão; sem matérias primas ela conta com África como um despojo, "um corpo inerte onde cada abutre vai depenicar o seu pedaço", recordando as palavras de Agostinho Neto.

    Pedro Pires sabe-o como poucos, até por que foi companheiro de Amilcar Cabral, o que não impediu de fazer a sua opção ao abrir as portas de Cabo Verde ao "Steadfast Jaguar" em 2006.

    Ele contribuiu para chamar a NATO ao continente africano e os resultados na Líbia são uma afronta para todos os africanos.

    Duma vez por todas o que se coloca a Cabo Verde é o "dilema" de Pedro Pires: escolher entre a Europa e África, entre os promotores da rapina, ainda que com toda a cosmética que os grandes poderes conseguem e os povos sem voz de África, ainda que seus dirigentes diligenciem pelo diálogo como fórmula de resolução dos conflitos.

    Entre essa Europa e essa África, Pedro Pires optou do lado do império, só por que Cabo Verde precisa das migalhas que sobram dum jantar que não acabou!

    Martinho Júnior.

    Luanda.

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  6. La guerra, negocio sucio “en el que los beneficios se calculan en dólares y las pérdidas en vidas”

    Dalia González Delgado
    Grahma


    “La guerra es un negocio sucio. Siempre lo ha sido. Es posiblemente el más antiguo, fácilmente el más lucrativo, seguramente el más cruento. Es el único que es internacional en su alcance. Es el único en el que los beneficios se calculan en dólares y las pérdidas en vidas.” Así lo dijo el general Smedley D. Butler, del Cuerpo de Marines de Estados Unidos, el militar más condecorado en la historia de ese país.
    ¿Quién gana con la guerra? ¿Por qué es un negocio bombardear un país hasta dejarlo en ruinas? Después de la matanza, las empresas reemplazan a los aviones de combate. Los mismos países que bombardearon Libia, ahora reciben contratos millonarios para su reconstrucción.
    “Libia es un país rico en reservas de petróleo, y espero que haya oportunidades para que los británicos y otras empresas participen en la reconstrucción”, confesó el ministro de Defensa británico, Philip Hammond.
    Según Russia Today, la cuenta que el Reino Unido debe pagar por su parte en la intervención de la OTAN se ha evaluado en casi 500 millones de dólares. Mientras tanto, según el Departamento de Comercio e Inversiones, el valor de los contratos para la reconstrucción de Libia podría llegar a más de 300 000 millones de dólares durante los próximos 10 años.
    John Hilary, director ejecutivo de War on Want, una organización que lucha contra la pobreza en los países en desarrollo, asegura que la situación es parecida a Iraq después de la guerra, cuando las empresas de los países involucrados en la invasión obtuvieron los mejores contratos. “Bombardeamos, destruimos y después obtenemos contratos para la reconstrucción”, dijo a Rusia Today.

    (...)

    http://www.rebelion.org/noticia.php?id=141266

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