quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Estado do Ambiente: Provocação

Muitas vezes dou comigo a perguntar porquê e para quê um Ministério do Ambiente em Cabo Verde? Devo ser um dos mais radicais no mundo mas, ao contrário dos outros ministérios, se alguém me perguntar, por exemplo, por Ministério de Saúde, daria-lhe a resposta óbvia. Ambiente em CV...., umm, deixa eu ver... distribuição das sementes quando azágua é mau, campanhas tartarugas, para ter um ministro do ambiente, distribuir insecticidas quando temos pragas(as maravilhosas djambas, aquelas do mil escudos) e...? Ou seja, em termos ambientais somo zerrrro!

Um aparte, a campanha e o tratamento da dengue em São Domingos, mais concretamente na freguesia de Nossa Senhora da Luz, é o maior assassinato ambiental que alguma vez assisti em Cabo Verde.

O ambiente no mundo, os países desenvolvidos continuam a brincar com a vida, fazem cimeiras com mais ou menos sucessos e champanhes aos barrigudos. Os técnicos e cientistas continuam a ser ignorados. 

Esta é uma das brincadeiras.

3 comentários:

  1. Quem fala assim não é gago.
    Uma das maiores, não diria a maior, pois certamente estaria a errar, falácias existentes em CV associadas ao ambiente, é exaltação de um turismo sustentável. Deveria sê-lo, se fosse bem explorado, uma vez que o termo sustentável encontra-se intimamente ligado a variáveis económicas.

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  2. Olá Marisa,

    Por falar nisso, tenho uma bocas para mandar aqui: http://morabeza.blogspot.com/

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  3. Bem, efectivamente falar do ambiente em  CV é "complicado". Por um lado temos um ecossistema considerado muito frágil portanto temos de preserva-lo, por outro lado a nossa apetência pelo que eles chamam "desenvolvimento" tem vindo a degradar o nosso meio ambiente. Sou daquelas que defende que sim, temos de ter um Min do Ambiente, que defenda o desenvolvimento sustentável, não que seja cego e dê cabo da economia, nem promíscuo e permita que a economia dê cabo do ambiente. Acredito que é possível este meio termo.Mas para isso o ministério precisa estudar os quadros regulatórios, fazer valer pelo menos a legislação existente, regular onde é preciso regular, apertar a fiscalização. No fundo se virmos bem o M.A, tem muito que fazer, é só terem o que se chama "vontade política" e fazer valer os direitos das novas gerações a terem um ambiente saudável...
    Sobre a questão do turismo sustentável, não basta abrir as pernas para os grandes grupos e deixa-los instalarem ao seu bel-prazer, temos de estar em condições de exigir em troca uma actuação responsável mas para isso nós precisamos estar capacitados para negociar, conhecer o nosso potencial e acreditar que temos o poder de dizer não, de escolher o que é melhor para nós ...de forma sustentável...
    Espero ter contribuído com "algo"

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