quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Calabouço do Silêncio IV

Fock!, nada mais faz sentido:
A lua anda atravessada, as paredes falam
As calçadas falam e os sapatos reclamam.
- Nem os silêncios querem o silêncio!

É claro que sou um mudo a falar
Num pedregal sem lagartixas
Quando as tripas torcem,
A cabeça, um forno morno
Com choques de altas voltagens
Nas derrapagens das taludes
Onde descansam as virgens do nada.

Mundo sã, claro!, o mundo é sã demais
Para albergar uma uma alma suja e impura;
O esquerdo do lado esquerdo dos fedorentos
Para jazer num cemitério dos mortos...

Quer saber? Não percas o teu tempo com estas linhas
Que não cosem,
Que não dizem nada
E fica em nada.
São circunstancias e vazias,
Nem sequer são frias
Neste Calabouço de Silêncio.

Sou um cidadão que vive para além do inferno,
Este mundo tem homens e mulheres,
E, sou um deles.

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