domingo, 9 de setembro de 2012

ALUPEC vs Regionalização II

Uma outra verdade é que, acompanhado da oficialização do crioulo e regionalização em Cabo Verde, existe muitos ruídos, a começar pelo título e o corpo dos meus posts.

A oficialização do crioulo não tem absolutamente nada a ver com o ALUPEC, que por sua vez não tem nada a ver com a variante da ilha de Santiago - badiu. É claro que a acção do Governo de Cabo Verde, através do Ministério da Cultura e dos responsáveis pelo dossier, não ajudou em nada. Pelo contrário, criou muita confusão porque toda a acção levou às pessoas a crer que o ALUPEC era badiu e que a sua oficialização seria a imposição desse alfabeto/língua às outras ilhas. Os discursos agressivos como este do Marciano Moreira também não ajudam.

Por seu turno, com muito menos a colaboração do governo, muitos defensores da regionalização andam a seguir um caminho semelhante: agressivo e perigoso. Isso leva muita gente a crer que a regionalização é a independência se São Vicente e outras ilhas. Os discursos bairristas e anti-Praia/Santiago como os do Onésimo Siveira espelhados neste de José Fortes Lopes, também não ajudam em nada. A regionalização não tem nada a ver com o que os sãovicentinos pensam ou não de Santiago, independência das ilhas e outras confusões criadas por aí.

Dito isto, as pessoas com a responsabilidade política, social e económica, deviam pautar por um outro discurso que visa a formação cívica e que vai no sentido de união dos cabo-verdianos.

Mandar bocas é melhor deixarem só para mim, nisso garanto que dou muito bem a conta do recado.

2 comentários:

  1. A natureza humana é o que é e venha o mais pintado dizer que pode discutir questões de língua, regionalização e quejandas, com total isenção...Assim sendo, exige-se dos decisores que, já que não podem ser imparciais pelo menos que sejam inteligentes!

    ResponderEliminar
  2. Uma visão sensata caro Zito!

    Afinal não podemos, nem devemos exigir tanto do homem.

    Abraço

    ResponderEliminar