Eu sou contra a oficialização do crioulo por n razões, entre elas, destaco as principais: o custo-eficácia, heterogeneidade dos diferentes variantes e o alfabeto proposto. Quanto à regionalização, sou a favor da regionalização administrativa e descentralização de certos poderes políticos e administrativo das ilhas.
Até hoje, não há nenhuma tese proposta que explica como vai ser ensinado as principais nove variantes nas diferentes ilhas, de forma a termos o "crioulo nacional e oficial", ou seja, aquele que será impresso nos livros, gramáticas, jornais e outros documentos oficias. A não ser que tenhamos dinheiro para tanto luxo. Recomenda-se muitos estudos, debates, propostas e contra-propostas e incentivos à pratica do crioulo. Quem sabe a oficialização vai ser mais fácil do que pensávamos!
É visível que o centralismo dos poderes já deu o que tinha para dar em Cabo Verde e que devemos andar no sentido de dar a total autonomia às outras ilhas para desenvolverem-se desde que não ponha em causa a coesão e a unidade nacional. Aliás, poderá a regionalização ser um factor de unidade nacional mas a verdade é que os discursos da maioria dos prós mostra o contrário. Recomenda-se muito debate e um modelo sustentável.