quinta-feira, 15 de abril de 2010

Guiné Bissau - A solidão e ingratidão


Voltando à questão da profunda crise militar que a Guiné Bissau(GB) se encontra, as minhas solidariedades aos meus manos guineenses. Pelo que pude notar, os jovens guineenses querem mudar a GB, optam por ficar muitas vezes noutros países sem que isso aconteça por não haver condições para isso. Isso deve às razões que desconheço e a estrutura militar que o país formou para a sua libertação conjuntamente com Cabo Verde(CV) do Colonialismo Português.

Por algumas razões e apesar de ser um país democrático, quem dá as cartas é aquele que tem mais militares a seu favor. Parece que o poder está nas mãos do Chefe General das Forças Armadas até o momento em que os militares obedecem as suas ordens. Hoje a GB está sozinha no mundo, abandonada mesmo por aquele que obrigou-a militarizar e aquele que deu abrigo na época colonial. A GB não é um país livre e democrático? Para quê meter Portugal, Cabo Verde, ONU e o mundo nisto? O Iraque e Afeganistão também eram países livres e independentes, aquando da sua invasão e crise, os EUA tiveram apoio de todos esses país, inclusive debates na RTP entre outras coisas.

Cinismo: A CPLP, a UA(União Africana), a ONU, o Governo de Cabo Verde, o Governo de Portugal blablablá, blablablá, condenam veementemente blablablá, blablablá. Tanto Portugal como Cabo Verde estão a seguir a onda da Comunidade Internacional, sentados no sofá condenam, condenam mas não fazem absolutamente nada para ajudar a GB.

Porque não Portugal e Cabo Verde, devido às suas posições, fazerem um estudo para ajudar a GB nos diversos quadrantes e reestruturação militar?
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3 comentários:

  1. Meu amigo,
    Você tem a certeza de que os militares da velha-guarda que a coberto do seu estatuto hierarquico conduzem actividades extra-militares bastante mais rentáveis, alinham na sua solução? Por isso, volto a perguntar: a quem beneficia este permanente estado-de-sitio na G.Bissau?

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  2. Caro Zito,

    Não acredito que esses militares vão querer alinhar. Sou um pouco utópico neste sentido, se a UA, a ONU, e toda a comunidade cumprirem os seus papéis, não dependerá das vontades desses militares.

    Quanto a "quem beneficia este permanente estado-de-sitio na G.Bissau", cá tenho as minhas dúvidas porque segundo as últimas notícias antes do último golpe militar, um dos patrocinadores do golpe Bubu Na Tchuto, entrou na GB de forma ilegal onde estava refugiado nas instalações da ONU. História mal contada!

    "Bom seria se se erradicasse o exército desses países, substituindo-os por uma polícia de fronteira e marítima, de segurança pública, fiscais aduaneiros como se fez em Costa Rica e Islândia, comprometendo-se a ONU a intervir em caso de ameaça de invasão do país, porque até sobejaria dinheiro para a Saúde e Educação do povo e, em caso de golpe de Estado, haveria, seguramente, menos mortes porque seriam à paulada, cacetada e catanadas." - Arsénio de Pina(http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=28283&idSeccao=527&Action=noticia)

    Acho uma boa solução para a GB.

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  3. Razão tem o grande amigo Arsénio de Pina e a pro-pósito, há uns tempos eu sugeria, no Café Margoso, uma solução identica para C.Verde. Nem sei se a solução Suissa não será até a melhor...
    Terá é que haver uma solução que proporione o desenvolvimento que a permanente instabilidade política cerceia enquanto o povo apenas sobrevive!

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