quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Poeta


Quando te vês mal, e dizes
Que preferias a morte,
Pensa que outros menos felizes
Invejam a tua sorte.

Sei que me hás-de compreender,
Porque, até nas entrelinhas,
Tu sabes ler, advinhas,
O que não posso dizer.

Tu, que julgas ver bem isto,
Não compreendes que, também,
Nem sempre ficas bem visto
Pelos que te vêem bem?

Vai subindo lentamente,
Só assim serás alguém,
Que quem sobe de repente
Raramente sobe bem.

António Aleixo

3 comentários:

  1. Eis como, com palavras de todos os dias se pode atingir a excelencia...

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  2. Parece que o nosso poeta inspirava no dia-a-dia e na vida para atingir esta excelência. Não canso de ler este poeta.

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  3. Olá amigo
    Um lindo poema cheio de verdades e conselhos. Gostei muito.
    Abração

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