Amanhã vais perceber que não sou nada,
É como se o mundo acabasse nas minhas mãos,
Que aquele que tanto querias,
Não passa de um vulto, um vento que passou;
Que o vento é algo sem nexo
Diante do brilho de um olhar desesperado;
Que desesperado é o nada
Quando a bala dispara.
Amanhã vais perceber
Que quando estou aqui, não estou,
Nem estarei aqui quando estou aqui;
Que a revelação da alma é um manto cinzento;
Que o manto cinzento é a aberração de viver;
Que o viver é castração da morte
E a morte, a solidão da vida.
Amanhã vais perceber
Que os sorrisos cercados nos dentes
Não podem apagar pelos lábios bicudos
Nem num olhar devorador;
Que daquele que tanto esperaste
Deu o nada que tem;
Que o nada que recebeste
É o tudo que vais ter.
Amanhã vais perceber
Que o verbo é uma questão de ponto de vista;
Que tudo não passa de um mal instantâneo;
Que não sou nada, não valho nada,
Não pretendo nada, não quero nada.
Sou banal demais para ter um dono.
Amanhã vais perceber
Que não percebes nada!
[Imagem]
Então, amigo, outra vez "stressado"? O cinzento desta poesia não se coaduna consigo...Eu sei que V. é um homem com um designio, uma meta, e que a corrida é dolorosa, longa e extenuante mas, por mais que o vento sopre ficará aí, de pé, plenamente consciente do seu destino e de si próprio!
ResponderEliminarUm abraço...
Hello amigigo,
EliminarUm a parte: curiosamente, ontem foi o dia da minha homenagem ao Arrozcatum quando à net caiu mas não desisti, hoje vou fazê-lo.
Quanto ao poema, hoje, amanheceu um novo dia;)
Já vi, já vi...Mas aquilo já é fruta a mais para o meu débil estômago...
EliminarComo se dizia antigamenbte, "é areia de mais para a minha camioneta...
Obrigado pela intenção e folgo saber que OUTRO DIA AMANHCEU!