Uma das coisas que me irrita muito é ir a um serviço de atendimento, seja ele qual for, e encontrar o funcionário a tratar de coisas que não tem nada a ver com o trabalho dele. É chato e irritante! Há muita gente no desemprego e muitos empregados que não querem trabalhar por aí.
Alguém tem noção de como é a vida numa obra aqui? Dos encarregados dos encarregados, sobra ainda mais um encarregado - este último, normalmente, um preto mais arregalados e um experimentado do sistema - que, por sua vez, explora o seu compatriota. É caso para dizer que "em terra onde todos estão amarrados, quem está com uma mão solta é um rei".
Eles conhecem o sistema, a engenharia para o fintar, a Segurança Social e a Autoridade Tributária; sabem sobretudo que eles estão ilegais ou que o visto deles não lhes permitem trabalhar. E viva o SEF, as autoridades de fiscalização e essa gente toda sem escrúpulo!
Como é que muita gente não prefere o tráfico? Ainda perguntam porquê que há muitos reclusos imigrantes e/ou escumalha? Querem mesmo saber? Ok, respondo: são eles os mais rejeitados e explorados.
- Nós aqui fazemos dez horas no trabalho e dez horas de trabalho. As pessoas no serviço público fazem dez horas no trabalho e quatro horas de trabalho.